Violência contra mulheres: quando o trauma não deixa marcas visíveis

Nem sempre a violência deixa marcas visíveis.

Muitas mulheres seguem suas rotinas com feridas que não aparecem nos exames, mas que continuam abertas dentro do corpo e da mente. Em uma cidade como Brasília, onde os casos de violência de gênero seguem acontecendo nos lares, no trabalho e nas instituições, o atendimento psicológico para mulheres é mais do que necessário — é urgente.

Ofereço escuta clínica presencial na Asa Sul e também online, para mulheres que desejam compreender o próprio sofrimento e encontrar caminhos possíveis diante da dor que carregam.

Por que as mulheres são as maiores vítimas?

Essa desigualdade tem raízes históricas. O que entendemos por “ser mulher” foi sendo moldado socialmente como um papel ligado à submissão, à delicadeza e ao cuidado com os outros. Aos homens, por outro lado, foi reservado o espaço da autoridade, do domínio, da palavra final. Portanto, essa construção sustenta um sistema de privilégios masculinos que se expressa em diversos níveis — nas relações pessoais, no mercado de trabalho, na política e até mesmo nos serviços de saúde.

Além disso, essa lógica patriarcal também serve aos interesses econômicos: as mulheres são vistas tanto como força de trabalho quanto como consumidoras, sendo exploradas em múltiplas dimensões. A estrutura social sexista se cruza com outros fatores, como classe social, raça, idade e orientação sexual, agravando ainda mais o sofrimento de quem está em posições de maior vulnerabilidade.

O sociólogo Daniel Welzer-Lang nos lembra que essa dominação se manifesta tanto no espaço privado quanto no público. Os homens mantêm seus privilégios por meio de diferentes formas de violência — que podem ir desde sutilezas no ambiente de trabalho até abusos e estupros. Trata-se de uma estrutura em movimento constante, que se adapta, mas que continua sustentando a desigualdade.

As consequências dessa violência chegam ao consultório

Muitas mulheres chegam à psicoterapia psicanalítica sem conseguir nomear sua dor. Sentem angústia, culpa, vergonha. Carregam marcas emocionais que resultam de uma vida inteira de silenciamentos e desvalorização. São efeitos de uma violência estrutural que ultrapassa o âmbito de um episódio isolado.

Contudo, na psicoterapia com escuta psicanalítica, é possível construir um espaço onde esse sofrimento é reconhecido como legítimo e singular. Um espaço de atendimento psicológico para mulheres em Brasília em que não há julgamento. Onde o vínculo se constrói com ética, tempo e cuidado. Onde a mulher pode, enfim, deixar de carregar sozinha o peso de uma história que não começou com ela — mas que ela pode, pouco a pouco, transformar.

Se você está em busca de uma psicóloga em Brasília (Asa Sul) ou de atendimento psicológico online, saiba que há um espaço de escuta para você. A psicanálise oferece uma forma de olhar para o próprio sofrimento com profundidade, elaboração e acolhimento.

Um espaço possível

Atendimento psicológico para mulheres em Brasília (Asa Sul) e online não é um luxo — é um direito. Aqui, você encontrará uma escuta comprometida com a ética, a singularidade.

Ofereço escuta clínica presencial na Asa Sul e também online, para mulheres que desejam compreender o próprio sofrimento e encontrar caminhos possíveis diante da dor que carregam.

Tamara Levy
CRP 01/20823
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Aqui você encontra entrevistas sobre a violência contra a mulher, com relatos de quem viveu essa realidade e o trabalho que desenvolvemos nos atendimentos.

Referência bibliográfica

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, v. 9, p. 460-482, 2001.

 

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